quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Elefante acorrentado

 
Você já observou um elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.
Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por
uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse
grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria
força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir.
E por quê o elefante não foge?
Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque
está amestrado.
Fiz então a pergunta óbvia: "Então, por quê o prendem?" Não houve resposta!
Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante
sábio para encontrar a resposta: O elefante do circo não escapa porque foi
preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: Naquele momento,
o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço,
não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele; o elefantinho tentava,
tentava e nada...
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino:
Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente,
esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque credita que não pode e
jamais volta a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de
coisas "que não podemos ter", "que não podemos ser", "que não vamos conseguir",
simplesmente porque quando éramos crianças e inexperientes algo
não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou
gravada na nossa memória com tanta força que aceitamos o "sempre foi assim".
De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "não posso","é
muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande pra mim"!
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras
e não ter receio de arrebentar as correntes !


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