sábado, 13 de agosto de 2011

O folheto

Todos os dias à tarde, depois da missa da manhã na igreja, o velho padre e seu sobrinho de 11 anos saiam pela cidade e entregavam seus folhetos sacros.
Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do padre e seu sobrinho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse:
- Ok, tio , estou pronto.
E o padre perguntou:
- Pronto para que?
- Tio, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos.
O padre respondeu:
- Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito.
O menino olhou surpreso e perguntou:
- Mas tio, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?
O padre respondeu:
- Filho, eu não vou sair nesse frio.
Triste, o menino perguntou:
-Tio, eu posso ir? Por favor!
O padre hesitou por um momento e depois disse:
- Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho.
- Obrigado, tio!
Então ele saiu no meio daquela chuva.
Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos sacros a todos que via.
Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o ultimo folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção á primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha, mas ninguém respondeu. 
Ele tocou de novo, mais ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.
Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda.
Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. 
De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste.
Ela, perguntou gentilmente:
- O que posso fazer por você, meu filho?
Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse:
- Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO, e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR.
Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora. Ela o chamou e disse:
- Obrigada, meu filho. E que Deus te abençoe.
Bem, na manhã do seguinte dia domingo na igreja, o padre estava no altar, quando a missa começou, ele perguntou:
- Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?
Lentamente, na ultima fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparência em seu rosto.
- Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem. 
Antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu á algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. 
No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.
Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço.
De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou.
Eu pensei: - Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora.
Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente, depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei: - Quem neste mudo pode ser?Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar.
Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção a porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. 
O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-los a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou com voz de querubim:
- Senhora, eu só vim aqui para dizer que JESUS A AMA MUITO.
Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.
Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem – eu agora sou uma FILHA FELIZ DE DEUS.
Já que o endereço da igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno.
Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos da igreja.
O velho padre desceu do altar em direção a primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu sobrinho nos braços e chorou copiosamente.
Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este.
Bem aventurados são os olhos que vêem esta mensagem. Não deixe que ela se perca, leia-a de novo e passe-a adiante.
Lembre-se: a mensagem de Deus pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.
Por isso...
- Me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS TE AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto.


Texto enviado pelo missionário mirim Júlio César.

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